Enxaqueca crônica na gravidez! É possível passar por ela sem medicação?
Sofro de dores na cabeça desde os
10 anos de idade. Após o casamento as crises tornaram-se mais frequentes e
insuportáveis. Realizei vários exames e foi constatado o que eu já sabia enxaqueca
crônica hereditária. Dei graças a Deus por não ser nada mais grave como um
tumor, no entanto, os médicos diziam que nada poderia ser feito além de tentar
controlar as crises com medicação e algumas mudanças na alimentação.
O fato é que elas se tornaram
muito fortes ao ponto de várias vezes ter cometido a loucura de ingerir muitos
remédios para tentar aliviar a dor, resultado, acabava indo parar no hospital,
correndo o risco de ter uma parada cardíaca por excesso de medicação.
Enfim, um dos meus maiores
receios em engravidar era não resistir à medicação forte para que a dor pelo
menos aliviasse. Ficava imaginando como seria ter alguém dependente de mim se
nas crises me desligava do mundo de tanta dor.
Confesso a vocês que a ansiedade
era muito grande, mas o desejo de engravidar também, então, resolvi encarar
esse desafio.
Não foi fácil, até a 15ª semana
tive crises terríveis, ficava de cama, realizando compressas de gelo ou água
morna, colocando rodelas de batatas geladas na testa, vômitos e mais vômitos de
tanta dor, quarto escuro e me segurando para não tomar os remédios (Tylenol DC
e água para mim é a mesma coisa), porque não queria correr o risco de
prejudicar o bebê. Sem falar no trabalho que não poderia deixar de ir. Dias difíceis ...
Percebi então que todos os meus
medos deram espaço para esse sentimento de carinho e proteção que a mãe tem por
seu filho, mesmo quando este, ainda está em formação no seu ventre.
Não foi fácil, mas foi possível,
hoje as crises deram lugar para dores de cabeça praticamente diárias, mas bem
mais brandas e leves, acredito que até passei por uma desintoxicação , dores
essas que hoje me permitem trabalhar, conversar, ter uma vida social e preparar
a casa para a chegada da minha doce HELENA sem precisar me medicar.
Vale à pena tentar!
Abraços
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